Redes

Esse é o primeiro post nesse novo endereço, mas não éra pra ter sido. Perdi todos os arquivos ¯\_(ツ)_/¯

Adoro a internet. Mesmo! 

Desde a primeira vez, tardia pelos padrões de hoje. A noção de que eu podia não só ler, mas também escrever coisas, me deixou maravilhado. Internamente pensava: sério, vocês vão deixar que eu fale aqui? Olha lá hein.

Diferente da TV, rádio, jornal, revista, etc… Era um meio que nos permitia produzir, eu, você, gente comum. Tipo… Q??

Imagine um lugar onde se pode aprender qualquer coisa! Não sei fazer feijão, mas não importa, a internet sabe.

Sei que esse deslumbramento não faz o menor sentido hoje, é algo tão fácil e comum que é raro perceber o valor disso. Quantos de nós para pra valorizar o oxigênio?  Bom, quando começar a faltar a história vai ser outra.

E é isso, não consigo mais respirar nas redes sociais.

Hoje em dia cada vez mais a internet está se fechando nas redes sociais, “conteúdos” rápidos, repetidos, replicados, remixados à exaustão, mergulhados em propagandas especialmente direcionadas a você. Timelines entregues a algoritmos com o propósito de garantir sua permanência na plataforma. 

Onde ser criador significa, ter valor quantificado em influência, marcas e big techs determinam o teor da sua fala, quem não for bom com eufemismos o mais provável é que tudo o que você produz jamais encontrará o público que já te segue.

 “Fulano desviveu”. Você já ouviu isso né?

Estou ensaiando minha morte social.

Com isso não quero dizer que estarei incomunicável nem nada do tipo, apenas que estou exausto de dividir espaço com bots, AI, conteúdo hiper processados e etc… em uma luta por… Eu nem sei mais pelo que.

Gosto muito de fazer minha coisinha e não pretendo parar, mas para velas, agora você talvez tenha que querer 

(como se alguém tivesse lendo isso mesmo hahaha)

Bom, tchau por enquanto, vozes da minha cabeça.